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INDIGNADO, PORÉM NADA SURPRESO

 


Estádio de futebol??? Alameda Rio Branco??? No centro de Blumenau??? Absurdo... absurdo ... O que se pode esperar mais??? Cortar árvores... cortar mais árvores... cortar muitas árvores... um estádio de futebol bem no centro... alguns prédios... estacionamento...


Sem palavras.


Indignado, porém nada surpreso.


Comentário enviado pelo leitor Aldolino Andreolli(aldolinoandriolli@ibest.com.br), de Blumenau



ESTÃDIO DO METRÔ NA ALAMEDA?


Primeiramente, desejo ratificar meus elogios ao ótimo desempenho do “Análise em Focoâ€, um verdadeiro fórum de debates multitemático, democrático e único em seu estilo jornalístico. Agora, em relação ao artigo “de capa†de ontem (“Metropolitano quer estádio na Alamedaâ€, 04/06/10), sinto-me na obrigação, como cidadão blumenauense, de expressar minha indignação a respeito, pelos motivos infra-expostos:


1. A exemplo da “onda nacional†oriunda de mentes alheadas e flutuantes em um universo do “faz-de-conta†(a começar pelo atual mandatário-mor do país, desnecessária de maiores comentários), Blumenau passou a ser alvo, agora, de projetos megalômanos, despropositados, extemporâneos e controversos, denotando a inexistência de um mínimo necessário de equilíbrio racional. Sob esta qualificação encontram-se o projeto em tela (Metropolitano na Alameda), os tais “corredores de ônibusâ€, a multiplicação intempestiva dos shopping centers etc.


2. Um simples olhar informal e despretensioso (não-científico) já é o bastante para perceber-se que a cidade encontra-se em petição de miséria: vias públicas destroçadas (um exemplo emblemático é a importante artéria central do Grande Garcia – a rua Amazonas – a qual, transcorridos 12 anos compostos pelos dois mandatos do petista Decio Lima e o primeiro mandato do atual, JPK, do DEM, continua às traças, a despeito da sua importância como corredor de serviços do maior bairro do município, apenas para citar um exemplo); fluxo de trânsito em estado pré-caótico (ou já teria ingressado ao nível caótico?); calçadas destroçadas ou inexistentes; dentre outras mazelas mais que demandariam um estudo profundo e extenso, descabido aqui.


3. Ainda sob uma visão que não precisaria ser mais do que parcamente racional (mas suficiente para perceber-se tal realidade), é fácil constatar que, ademais de existirem outros projetos mais importantes e prioritários (como a reformulação total do sistema viário da cidade; a instalação de vias elevadas para trânsito rápido; a reorganização do fluxo de trânsito central, com bolsões de estacionamento nas periferias do módulo central, proibindo-se a circulação de veículos individuais dentro desse módulo, onde só trafegariam veículos de transporte coletivo et cetera, ideia por mim defendida há praticamente 20 anos e "olimpicamente" ignorada pelos políticos de plantão), a instalação de um complexo comercial-desportivo na conturbada Alameda Rio Branco é, no mínimo, irresponsável, para não dizer personalística e interesseira (no sentido exclusivo do atendimento a uma ínfima parcela da população).


Certamente que esta última afirmação (“ínfima parcelaâ€) levantará brados de contestação, aduzindo a que “todos possuem a paixão pelo futebol†– o que não deixa de ter certo grau de veracidade. Nada obstante, tal defesa não resiste a uma simples contra-argumentação: a “paixão nacional†não pode se sobrepor à “razão nacionalâ€, ou seja, às verdadeiras, reais e factuais demandas de uma sociedade – afinal, Blumenau é apenas uma cópia em miniatura da realidade hodierna que vige no país e que, teimosamente, nossa sociedade faz questão de “varrer para debaixo do tapeteâ€, a fim de privilegiar apelativos supérfluos e pouco (ou nada) construtivos para a nação, seguindo os exemplos “mirabolantes e megalômanos†do nosso “ilustre†Presidente.


4. Se, mesmo diante desses simplórios argumentos (afinal, não há necessidade de se argumentar cientificamente para contestar a ideia ora em comento), os defensores do “projeto grandioso†do Metropolitano insistirem em seu desideratum, pois então que o façam, mas localizado fora da área central da cidade – o que certamente é mais racional e lógico.


Por que não fazê-lo, por exemplo, no Anel Viário Norte, onde ainda hoje se encontra um esqueleto do que seria (mais) um shopping center? Próximo ao SESI, acabaria transformando aquela região em Centro Desportivo e, convenhamos, bem mais racional do que no módulo central da cidade. Assim, não se trata de apenas contestar a idéia – o “Pingo†é pessoa de longo conhecimento, meu médico e amigo a quem prezo muito – mas, sim, de raciocinar cordatamente e buscar soluções mais viáveis e menos agressivas ao nosso já super-conturbado trânsito citadino. Blumenau precisa de obras em caráter urgente urgentíssimo, mas seguramente entre elas não está inserida a construção de um megaprojeto comercial-desportivo e, ainda, no coração da cidade.


Dentre essas obras prioritárias, a ligação entre os bairros Garcia e Velha – sonho acalentado por um volume substancial de blumenauenses, há longos anos – é uma delas, apenas para ilustrar. O desenvolvimento de um aeroporto regional é outra demanda tão sonhada pela sociedade, embora continue a dormir em qualquer gaveta política do município. E tantas outras demandas, enfim, que, seguramente, possuem maior (muito maior) relevância do que esse centro comercial-desportivo. E ainda, data maxima venia, o Metropolitano precisa estar muito melhor preparado, mais profissionalizado e competitivo, para merecer seu próprio estádio, convenhamos.



Comentário enviado pelo leitor Juan I. Koffler A.(kolem@terra.com.br), professor, escritor, cientista jurídico-social, de Blumenau


ESTÃDIO NA ALAMEDA: SACANAGEM


João Paulo tem sido, entendo, um bom prefeito. Mas tem coisa que não dá para acreditar. Se ali no Aderbal (ex-BEC) não podia ter futebol, com todas aquelas vias de acesso e saídas, como na Alameda é viável? Estes projetos são interessantes para quem e por que?


São grandes projetos, como as três torres no campo do BEC e do Estado. Muita grana rolando. O Olímpico está certo, pode ser um bom negócio também para todo mundo. Mas o que gera indignação é que ninguém moveu uma palha para ajudar o BEC, pelo contrário, armaram o possível e o impossível (digo ilegal), para acabar com a história do tricolor. Poderiam ter feito o mesmo que estão fazendo agora (Olímpico) no caso do Aderbal.


Comentário enviado pelo leitor Sebastião Aragão(tiaoaragao@yahoo.com.br), jornalista, de Blumenau






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