Comitiva de Blumenau vai à Bolívia e Colômbia em busca de dinheiro e referências
Domingo, 29 de Outubro de 2017

Fotos: Imagens Google

Em busca de novas alternativas de financiamento para obras de mobilidade no município, o vice-prefeito de Blumenau e secretário-executivo do Plano de Mobilidade e Projetos Especiais, Mário Hildebrandt (PSB), vai à Bolívia nesta quinta-feira, acompanhado do secretário de Gestão e Transparência, Paulo Costa.

- A Bolívia é sede do Fonplata, banco internacional para financiamento. A intenção é dar início às negociações para que consigamos, no menor tempo possível, trazer mais recursos e dar prosseguimento às obras do nosso Plano de Mobilidade – esclarece Hildebrandt.

A equipe também fará visitas técnicas às cidades de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e Medellin e Bogotá, na Colômbia, para conhecer experiências nas áreas de mobilidade urbana, desenvolvimento econômico, tecnologia e inovação.

Fonplata

O Fonplata é um fundo de investimento que funciona como um banco de desenvolvimento regional, formado por países que fazem parte do Mercosul, mais a Bolívia. Criado em 1977, tem recursos da Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai, tendo como missão o apoio a integração das nações vizinhas através de um desenvolvimento mais igualitário e inclusivo.

Situação

A viagem da comitiva blumenauense à Bolívia, além de uma ação de governo, é também uma demonstração  do ponto a que chegou o Brasil, em que uma cidade do porte de Blumenau, que tem um dos maiores PIB da região Sul do país, precisa recorrer a uma instituição financeira capitalizada por nações cujos PIBs chegam a ser mais de 50 vezes menores do que o PIB brasileiro.

Referência

Outra amostra contundente de que estamos ficando para trás em diferentes sentidos e comparações é o fato de que as referências em mobilidade urbana e revitalização social passaram a ser vizinhos de continente que até pouco tempo atrás rivalizavam conosco para ver quem conseguia cavar mais fundo no piso do poço.

Colômbia

No caso da Colômbia, a situação era muito parecida com a do Brasil de hoje: a violência do tráfico de drogas tomava conta das ruas, as favelas se transformavam no câncer das grandes cidades e a insegurança pública afugentava os cidadãos. Desde o início dos anos 2000, contudo, os colombianos investiram maciçamente na revitalização das áreas socialmente degradadas, como as favelas de Bogotá, que ganharam escadas rolantes, teleféricos e reurbanização. Além disso, o país também implementou ousado projeto de investimento em modais de transporte coletivo, melhorando sensivelmente a mobilidade urbana em algumas cidades. Agora compare como estão hoje os colombianos com brasileiros de cidades como Rio de Janeiro,  São Paulo, Porto Alegre e outras capitais brasileiras que se tornaram mais congestionadas e inseguras do que a maioria de suas congêneres latinoamericanas. 

Editado pelo AeF, com informações da Secretaria de Comunicação de Blumenau



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