Fotos: Imagens Google
Em busca de novas alternativas de
financiamento para obras de mobilidade no municÃpio, o vice-prefeito de
Blumenau e secretário-executivo do Plano de Mobilidade e Projetos Especiais,
Mário Hildebrandt (PSB), vai à BolÃvia nesta quinta-feira, acompanhado do
secretário de Gestão e Transparência, Paulo Costa.
- A BolÃvia é sede do Fonplata, banco
internacional para financiamento. A intenção é dar inÃcio à s negociações para
que consigamos, no menor tempo possÃvel, trazer mais recursos e dar
prosseguimento às obras do nosso Plano de Mobilidade – esclarece Hildebrandt.
A equipe também fará visitas técnicas à s
cidades de Santa Cruz de la Sierra, na BolÃvia, e Medellin e Bogotá, na
Colômbia, para conhecer experiências nas áreas de mobilidade urbana, desenvolvimento econômico,
tecnologia e inovação.
Fonplata
O Fonplata é um fundo de investimento
que funciona como um banco de desenvolvimento regional, formado por paÃses que
fazem parte do Mercosul, mais a BolÃvia. Criado em 1977, tem recursos da
Argentina, BolÃvia, Brasil, Paraguai e Uruguai, tendo como missão o apoio a
integração das nações vizinhas através de um desenvolvimento mais igualitário e
inclusivo.
Situação
A viagem da comitiva blumenauense Ã
BolÃvia, além de uma ação de governo, é também uma demonstração do ponto a que chegou o Brasil, em que uma
cidade do porte de Blumenau, que tem um dos maiores PIB da região Sul do paÃs, precisa
recorrer a uma instituição financeira capitalizada por nações cujos PIBs chegam
a ser mais de 50 vezes menores do que o PIB brasileiro.
Referência
Outra amostra contundente de que estamos
ficando para trás em diferentes sentidos e comparações é o fato de que as
referências em mobilidade urbana e revitalização social passaram a ser vizinhos
de continente que até pouco tempo atrás rivalizavam conosco para ver
quem conseguia cavar mais fundo no piso do poço.
Colômbia
No caso da Colômbia, a situação era muito parecida com a do Brasil de hoje: a violência do tráfico de drogas tomava conta das ruas, as favelas se transformavam no câncer das grandes cidades e a insegurança pública afugentava os cidadãos. Desde o inÃcio dos anos 2000, contudo, os colombianos investiram maciçamente na revitalização das áreas socialmente degradadas, como as favelas de Bogotá, que ganharam escadas rolantes, teleféricos e reurbanização. Além disso, o paÃs também implementou ousado projeto de investimento em modais de transporte coletivo, melhorando sensivelmente a mobilidade urbana em algumas cidades. Agora compare como estão hoje os colombianos com brasileiros de cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e outras capitais brasileiras que se tornaram mais congestionadas e inseguras do que a maioria de suas congêneres latinoamericanas.
Editado pelo AeF, com informações da Secretaria de Comunicação de Blumenau