Dezesseis revisões depois, a previsão de crescimento do PIB brasileiro em 2014 ficou 10 vezes menor. Era de até 4% no final de 2013, caiu para 0,3% na última projeção divulgada por agentes de mercado e pelo Banco Central, na semana passada. Tecnicamente, é bom lembrar que o paÃs na verdade está em recessão, pois nos dois últimos trimestres, somados, houve uma retração de -0,8% no Produto Interno Bruto, que é a soma de todas as riquezas produzidas pela indústria, pelo comércio, pelos prestadores de serviço (incluindo o poder público) e pelos produtores rurais.
O pior é que isso está acontecendo num cenário de melhora do ambiente externo, ao contrário do que diz o governo – principalmente o ministro Guido Mantega e a presidenta Dilma Rousseff, que vivem alegando dificuldades de natureza externa na hora de justificar o péssimo desempenho da economia brasileira. Os EUA vão crescer cerca de 2,2% este ano e diminuÃram o Ãndice de desemprego de 10% para 6%. A China, depois de três anos recuando, estabilizou sua taxa de crescimento em nada modestos 7%. Os demais Brics – assim como nossos vizinhos da América Latina – estão avançando entre 3% e 5%. Enquanto isso, o ranking do crescimento mundial mostra que até agora o Brasil só conseguiu crescer mais do que a Ucrânia, que está numa guerra separatista sem fim.
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