O Procon de Blumenau divulgou nesta quinta-feira (06) a lista dos lÃderes de reclamação na cidade. E, nas duas primeiras posições do sofrÃvel ranking, que contabiliza números do primeiro trimestre de 2010, estão elas, novamente, as companhias telefônicas. Juntas, as operadoras de telefonia fixa e móvel somam 50,3% das reclamações.
Exatamente a metade, de uma lista que reúne 10 diferentes segmentos e soma 1569 desabafos de clientes insatisfeitos com serviços ou mercadorias. Destes, 790 são originados a partir de insatisfações com o uso do telefone, o valor da conta ou o atendimento das telefônicas. Não é pouco, e acontece faz tempo.
Passaram-se 16 anos desde a privatização do sistema Telebrás, e quatro mandatos de presidente da república foram cumpridos: dois de Fernando Henrique Cardoso, que conduziu o processo, e dois de Luiz Inácio Lula da Silva, em torno do qual já houve até quem defendesse a reestatização do sistema.
Afinal, a telefonia melhorou ou não desde a privatização? Se melhorou, por que ainda há tantas reclamações? O fato da maior operadora do paÃs, a Oi, estar nas mãos de fundos de pensão de empresas públicas – como Previ e Funcef – e do BNDES (juntos, eles têm metade do capital da companhia) significou uma espécie de reestatização? Os valores pagos por ligação, no Brasil, são justos ou poderiam ser menores?
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