Quem anda por Blumenau, de Norte a Sul da cidade, passando pelo Centro, tem visto um número significativo de outdoors desocupados ou com propaganda institucional das próprias agências de comunicação do municÃpio. São espaços que, no momento, não cumprem seu principal objetivo: ligar marcas a consumidores. E o que isso significa?
Várias coisas ao mesmo tempo.
Primeiro, que as empresas estão colocando a mão no bolso com menos vontade para gastar com os veÃculos tradicionais, entre os quais o outdoor e o jornal.
Segundo, que a percepção do anunciante em relação a estas mÃdias também está mudando, provavelmente porque os resultados obtidos, na hora de fazer as contas, nem sempre apontam relação custo-benefÃcio satisfatória.
Outra dedução possÃvel, a partir da ociosidade detectada na mais tradicional das mÃdias externas, é de que isso pode significar um movimento semelhante ao do mar, minutos antes de uma grande onda chegar, quando o nÃvel da água, na praia, baixa assustadoramente, denunciando a aproximação da Tsunâmi.
No universo publicitário, a Tsunâmi em questão significa a migração da publicidade dos meios tradicionais para os digitais. Para alguns profissionais ligados ao mercado, em cinco anos as verbas publicitárias de pequenas, médias e grandes empresas irão inundar a internet.
E a agitação do mar já começou. Os portais nacionais, como Eband, G1, UOL, Terra e R7, por exemplo, já expõem diversas marcas de anunciantes. Em nÃvel local, o próprio Santa, que lidera o mercado, já ostenta diferentes banners publicitários em suas páginas, e não só os institucionais da RBS.
Não há volta nem desvio, os anunciantes terão que procurar novas opções de mÃdia na internet. Caso contrário, serão esquecidos pelo consumidor, que tem cada vez menos tempo e disposição para andar na rua, enfrentando o trânsito caótico e o calor, o desconforto das filas, a poluição do ar, o estresse do dia a dia.
Cada vez mais as pessoas fazem do computador a sua principal interface de interação com o meio externo. Elas compram e se relacionam pela internet, pesquisam, consomem informação, divertem-se, desabafam. Usam mais o teclado e o mouse do que própria voz ou as próprias pernas.
Na hora de saber mais sobre a Revolução Francesa, por exemplo, o sujeito não vai mais à biblioteca, vai à Wikipedia. Logo, portanto, o anunciante deve dirigir-se a este novo caminho entre ele e o consumidor, e não mais ao antigo, que agora leva somente à biblioteca, e não mais ao público alvo.
É acreditando piamente neste contexto que o grupo de investidores que solidifica o Análise em Foco segue resoluto com os volumosos aportes de recursos que foram, continuam sendo e ainda serão feitos no projeto.
A publicidade, que hoje apenas complementa a receita do portal, tornar-se-á sua principal fonte orçamentária, no curto e médio prazo. É com este pensamento que seguimos firmes na empreitada que permitiu a Blumenau ver nascer, novamente, um produto de vanguarda em seu território. É com este pensamento que queremos abraçar Blumenau, que já nos abraçou há muito tempo.
E queremos continuar abraçando também a você, leitor, que nos abraça todos os dias e em número cada vez maior, desde o lançamento do portal, há exatos 352 dias.