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PLANALTO SERRANO PODE, E DEVE, CONTRIBUIR MAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DE SC
Quarta-Feira, 05 de Janeiro de 2011

O Análise em Foco publica, a partir de hoje, uma série de análises sobre os fatos que mais deverão marcar o começo de 2011. Uma interpretação dos eventos que, na avaliação do portal, trarão as consequências mais sensíveis e profundas para a sociedade, dentro de um enfoque macrossocial e mais abrangente.


Em Santa Catarina, o grande fato deste início de ano é a posse do governador João Raimundo Colombo (DEM). Não apenas por si só, mas pelo contexto em que este acontecimento se insere.


Eleito no primeiro turno da última eleição, com mais da metade dos votos válidos em SC, Colombo será o governador do estado, evidentemente, mas, como lageano que é, também será o governador da Serra Catarinense. Esta é uma verdade irrefutável, uma conclusão inexorável.


O Planalto de SC não elege um representante para o posto máximo da política catarinense há décadas. Depois de dar as cartas no cenário político e econômico de Santa Catarina, entre o início e a metade do século passado, a Serra de SC foi do ápice ao apogeu, da riqueza à pobreza. Viu seus dias de glória, obtidos a partir do ciclo da madeira, transformarem-se em dias de sofrimento e miséria, sem a devida e necessária reciclagem da vocação econômica da região.


O município mais pobre de Santa Catarina, Cerro Negro, está na Serra Catarinense. Entre as cidades mais pobres do estado, outras tantas são serranas.


E, por ser parte de SC, o Planalto Serrano traz prejuízos a todos os catarinenses com seu empobrecimento.


Mas o potencial da região para o turismo rural, ecológico e ambiental, por exemplo, é enorme, assim como as possibilidades de se implantar ali um modelo sustentável de produção agrícola e pecuária, paralelamente à manutenção de reservas naturais da flora e da fauna. Sem falar em sua vocação ambiental para a produção de energia limpa, a partir da biomassa ou da matriz eólica.


É preciso admitir, portanto, que Raimundo Colombo não estará sendo desigual nem injusto com os catarinenses se der atenção especial para o Planalto, como é esperado dele. A Serra de Santa Catarina pode, e deve, contribuir bem mais para o desenvolvimento do estado, e isso só acontecerá se puder desenvolver primeiro a si mesma.


Outras regiões do estado também têm demandas importantes e vão precisar da atenção do governador. O Vale do Itajaí precisa de mais segurança e infraestrutura; o Sul olha para a necessária expansão de seu potencial naval; o Litoral pede saneamento e serviços, enquanto o Norte busca mais força no turismo e estabilidade no comércio exterior.


Mas o Planalto, há que se reconhecer, enfrenta um quadro de atraso que precisa ser revertido urgentemente. O PIB de Santa Catarina, assim como seus índices de desenvolvimento humano e social, irão agradecer. E, quando há crescimento e desenvolvimento, todos saem ganhando.


Sendo assim, vai merecer atenção especial a postura inicial do novo governador à frente da máquina pública, principalmente em relação à região que deposita nele tanta confiança e esperança.


No próximo artigo, você confere aqui as principais implicações da eleição de Dilma Rousseff, para o país e para os brasileiros. Depois, encerrando a série, o portal mostra em que os blumenauenses deverão estar de olho no começo do ano que inicia.


Assim, o AEF vai cumprindo seu principal compromisso com você: traduzir a notícia e a informação. Pois já não basta informar, é preciso explicar. Um novo modelo de comunicação, para um leitor em transformação.


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