A Prefeitura puxou a carroça, a sociedade foi junto e o resultado pôde ser conferido na manhã desta quinta-feira: duas carretas carregadas de donativos partiram para as vÃtimas da tragédia ambiental do Rio de Janeiro.
Blumenau honrou, em grande estilo, toda a ajuda que recebeu em 2008, quando também emocionou o paÃs, depois de ser atingida por uma catástrofe ambiental semelhante à do RJ. Na verdade, a tragédia do Vale do Itajaà foi a primeira de uma série que se seguiria depois, assolando o paÃs no Sudeste e Nordeste, do Rio de Janeiro a Alagoas. Mas a dor e o sofrimento dos blumenauenses, na ocasião, serviu também para mostrar ao Brasil como os brasileiros são solidários. Foram milhares de toneladas em milhões em dinheiro doados por cidadãos e empresas de todo o paÃs – e também do exterior.
Assim, as primeiras toneladas de ajuda blumenauense a partir para o Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, simbolizam muito mais que a benevolência e o altruÃsmo. Simbolizam gratidão e reconhecimento, que são virtudes humanas tão ou mais importantes até.
Enquanto a reportagem do AEF acompanhava o carregamento dos donativos, na sede do Corpo de Bombeiros de Blumenau, a funcionária de uma empresa têxtil da cidade trazia um veÃculo utilitário cheio de roupas. E não eram apenas retalhos. Eram peças novas, devidamente embaladas em caixas e devidamente organizadas, o que facilitou muito a logÃstica de encaminhamento da doação.
– Pra gente é muito bom poder participar agora desta corrente de solidariedade. Ninguém mais do que nós, blumenauenses, sabe o quanto é importante receber ajuda em uma hora dessas – comentou a blumenauense solidária (na foto acima).
O secretário de Assistência Social, Mário Hildebrandt, lembra ainda que cariocas e fluminenses participaram destacadamente das doações feitas a Blumenau em 2008.
– Blumenau está retribuindo a solidariedade da população do Rio de Janeiro, que fez um imenso número de doações a Blumenau na catástrofe de 2008 – observa Hildebrandt.
Por isso, parabéns aos blumenauenses, mais uma vez. Seja na hora de importar, seja na de exportar ajuda e solidariedade, a cidade mostra sempre que sabe ser ágil, organizada e obstinada. Coisa do DNA alemão.