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BLUMENAUENSES, QUE TANTO RECEBERAM, AGORA TAMBÉM DOAM
Quinta-Feira, 20 de Janeiro de 2011

A Prefeitura puxou a carroça, a sociedade foi junto e o resultado pôde ser conferido na manhã desta quinta-feira: duas carretas carregadas de donativos partiram para as vítimas da tragédia ambiental do Rio de Janeiro.


Blumenau honrou, em grande estilo, toda a ajuda que recebeu em 2008, quando também emocionou o país, depois de ser atingida por uma catástrofe ambiental semelhante à do RJ. Na verdade, a tragédia do Vale do Itajaí foi a primeira de uma série que se seguiria depois, assolando o país no Sudeste e Nordeste, do Rio de Janeiro a Alagoas. Mas a dor e o sofrimento dos blumenauenses, na ocasião, serviu também para mostrar ao Brasil como os brasileiros são solidários. Foram milhares de toneladas em milhões em dinheiro doados por cidadãos e empresas de todo o país – e também do exterior.


Assim, as primeiras toneladas de ajuda blumenauense a partir para o Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, simbolizam muito mais que a benevolência e o altruísmo. Simbolizam gratidão e reconhecimento, que são virtudes humanas tão ou mais importantes até.


Enquanto a reportagem do AEF acompanhava o carregamento dos donativos, na sede do Corpo de Bombeiros de Blumenau, a funcionária de uma empresa têxtil da cidade trazia um veículo utilitário cheio de roupas. E não eram apenas retalhos. Eram peças novas, devidamente embaladas em caixas e devidamente organizadas, o que facilitou muito a logística de encaminhamento da doação.


– Pra gente é muito bom poder participar agora desta corrente de solidariedade. Ninguém mais do que nós, blumenauenses, sabe o quanto é importante receber ajuda em uma hora dessas – comentou a blumenauense solidária (na foto acima).


O secretário de Assistência Social, Mário Hildebrandt, lembra ainda que cariocas e fluminenses participaram destacadamente das doações feitas a Blumenau em 2008.


 â€“ Blumenau está retribuindo a solidariedade da população do Rio de Janeiro, que fez um imenso número de doações a Blumenau na catástrofe de 2008 – observa Hildebrandt.


Por isso, parabéns aos blumenauenses, mais uma vez. Seja na hora de importar, seja na de exportar ajuda e solidariedade, a cidade mostra sempre que sabe ser ágil, organizada e obstinada. Coisa do DNA alemão.




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