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DINHEIRO PARA DUPLICAÇÃO VIRà OU NÃO, QUER SABER KUHLMANN
Quinta-Feira, 24 de Fevereiro de 2011

O deputado estadual Jean Kuhlmann (DEM) resolveu entrar de uma vez na luta pela duplicação da BR-470. E entrou com disposição, falando grosso:


– O que eles (governo federal) precisam é parar de nos enrolar. Temos que saber se vão liberar o dinheiro ou não, é isso que nos interessa. O Vale precisa da duplicação, não pode mais esperar.


Na quarta-feira (23),  Kuhlmann esteve em Brasília conversando com os três senadores catarinenses – Cassildo Maldaner (PMDB), Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e Paulo Bauer (PSDB). Na pauta do encontro, um pedido para que os representantes máximos de Santa Catarina na esfera federal envolvam-se mais intensamente com a questão, principalmente depois que a licitação estiver concluída.


– Precisamos que os senadores atuem firme na hora de liberar os recursos junto ao governo federal.


Perguntado sobre a possibilidade dos antagonismos político-partidários que separam PT (governo federal) e DEM (governo estadual) atravancarem o processo de duplicação da BR-470, o deputado catarinense, que integra a base de apoio do governador Raimundo Colombo (DEM), foi sincero e objetivo:


- É uma possibilidade, infelizmente. Mas é preciso pensar que a duplicação é uma obra decisiva para a população e a economia da região.


Confira, abaixo, ping-pong com o deputado estadual Jean Kuhlmann, que nesta quinta-feira (24) esteve na Fiesc para discutir a proposta apresentada pela instituição para a duplicação:


ANÃLISE EM FOCO - Existe boa vontade na esfera federal em relação à duplicação da BR-470? 


Jean Kuhlmann – No Legislativo há, resta saber se no Executivo também. E boa vontade, para o Vale e para Santa Catarina, Ã© liberar o dinheiro para a obra.


AEF - A Fiesc fala na possibilidade do estado assumir a duplicação entre Blumenau e Indaial. Não seria o caso de assumir o trecho inteiro?


Kuhlmann – Mas aí teria que fazer concessão e colocar pedágio? O Estado não tem recursos para executar a obra, teria que chamar a iniciativa privada.


AEF - A ideia, então, é duplicar sem concessão nem pedágio?


Kuhlmann – Exatamente. O ideal é duplicar sem ter que fazer a concessão. Esta deve ser a Ãºltima alternativa.  


AEF - Ainda é possível acreditar que a obra sairá do papel com recursos federais?


Kuhlmann – Os recursos estão previstos no PAC, então não tem porque não liberar. Queremos acreditar que o governo vá libera-los e permitir que o Vale encaminhe esta importante questão. Falamos de uma região que gera riquezas importantes para o estado e para o país.


AEF - As diferenças político-partidárias que separam o governo do estado e o governo federal podem trazer dificuldades para a liberação dos recursos da União para a duplicação?


Kuhlmann – Sim, infelizmente. Mas é preciso pensar que a duplicação é uma obra decisiva para a população e a economia da região. É uma demanda coletiva, não individual, da qual depende o futuro e o desenvolvimento do Vale do Itajaí.




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