Análise em Foco > Personalidade
MEGA EMPREENDIMENTO DA PROCAVE INICIA ENTREGA DE UNIDADES EM FEVEREIRO
Domingo, 16 de Outubro de 2011

Em fevereiro do ano que vem, a construtora Procave – nascida em Blumenau e hoje sediada em Balneário Camboriú – começa a entregar as primeiras unidades do Brava Home Resort, empreendimento de proporções e padrão hiperbólicos. Localizado na Praia Brava, em Itajaí, faz fronteira com Balneário Camboriú e reúne equipamentos de luxo como pomares, jardins, quadras poliesportivas, piscinas, hidrocaminhada, restaurante, espaço zen, atelier, espaço mulher, cinema, garage band e até praia artificial. Uma vez concluído, certamente será um marco da construção civil catarinense.


Como em todo empreendimento deste porte, há muita discussão sobre os impactos ambientais, sociais e econômicos gerados por ele. Principalmente em casos como o do Brava Resort, que ocupa área de preservação ambiental. De um lado, estão aqueles que preferem frear o desenvolvimento para manter árvores em pé; do outro, os que defendem o avanço da economia mesmo isso leve algumas delas ao chão.


A verdade é que nem uns nem outros têm razão. O ideal é o caminho do meio, ou seja, o do desenvolvimento sustentável. As árvores podem, sim, ceder lugar para os seres humanos, em algumas áreas, desde que estes ofereçam à natureza uma justa contra-partida em termos de preservação ambiental.


De acordo com a Procave, conforme informa a empresa no site do empreendimento, a construção do Brava Home Resort obedece a normas de conduta ambiental estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU). Isso faz toda a diferença, caso seja verdade.


Quem poderá fazer ainda mais diferença, contudo, serão os futuros condôminos do resort que está sendo construído em Itajaí. Se eles reciclarem o lixo, reaproveitarem a água da chuva e instalarem coletores solares para iluminação das áreas coletivas, por exemplo, irão compensar eventuais danos ambientais causados pela obra, e ainda acumularão créditos em termos de preservação. Afinal, de nada adianta manter árvores em pé se elas afundarem depois em montanhas de plástico ou lagos de usinas hidrelétricas.


Pesa também o fato de que, sob a ótica do desenvolvimento e do fortalecimento da economia, Santa Catarina não poderia abrir mão de uma obra como esta, candidata a referência em turismo e construção civil.  Para um estado que tem na atividade turística um de seus principais pilares e considerando o potencial de crescimento do setor no Brasil, barrar um empreendimento deste porte e conceito seria uma atitude até insana.


Portanto, que seja bem vindo o Brava Home Resort – observada a retidão ambiental alegada pela construtora –, e que seus futuros condôminos saibam retribuir à natureza o presente que ela lhes dará. Caso contrário, aí sim haverá mais ônus do que bônus com esta obra grandiosa.


Confira mais sobre o Brava Home Resort na página de Imóveis do Análise em Foco.




+ Notícias
Todos os direitos reservados © Copyright 2009 - Política de privacidade - A opinião dos colunistas não reflete a opinião do portal