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LEITOR, O ANALISTA EM FOCO
Quarta-Feira, 16 de Novembro de 2011

O Análise em Foco, ao longo de seus dois anos e três meses de vida, tem tido a sorte de angariar leitores fiéis, críticos e participativos. Quem acessar os links de interatividade do portal (Escreva, Comente, Sugira, Pergunte), verá que a participação do internauta se dá em alto nível no AEF. Até porque mensagens vazias de conteúdo ou de gosto duvidoso são ignoradas pela editoria do veículo. Mas este percentual, contudo, é baixíssimo, de forma que a maiorias das manifestações destinadas ao portal têm apresentado significado consistente.


Entre os internautas do AEF, há também os que se manifestam de maneira frequente e/ou veemente. Cobram a publicação de seus textos, inquietam-se quando isso não acontece. O mais recente deles, o estudante de jornalismo Cícero Nogueira, que trabalha no departamento de marketing da maior empresa de TI de Blumenau, mandou artigo nesta segunda-feira, em pleno feriadão, e ligou no mesmo dia cobrando a publicação do material.


Pois bem, Cícero, saiba que o Análise em Foco é feito para e por internautas como você, que querem ter vez e voz ativa, difundir seus argumentos, expressar sua opinião. Não temos razão para existir sem leitores como você, então é sempre muito gratificante contar com sua participação.


Abaixo, o artigo enviado pelo leitor Cícero Nogueira, que levanta uma questão pertinente: as redes sociais, como o Twitter, servem para alienar ou esclarecer o indivíduo?


PELA HONRA DOS “SEM TWITTER†  


"As pessoas me perguntam por que eu não tenho uma conta no Twitter. Confesso que me sinto constrangido, porém não titubeio na hora de explicar: penso que o Twitter é alienante e imensamente enfadonho. Há o senso comum de que estar 100% digitalizado é ter, no mínimo, acesso ao microblog mais influente do mundo. Pois bem, minha defesa para os “sem twitter†recorre ao conceito da alienação, uma vez que a rede de microblogueiros pauta os assuntos do dia através dos Tend Topics (os assuntos mais comentados) e na maioria das vezes esses tópicos são os mais fúteis possíveis.


Os 140 caracteres permitidos nessa plataforma não permitem muito aprofundamento em idéia alguma. É como sentar diante da televisão e mudar de canal a cada meio minuto, passa-se algumas horas e você não absorveu nada que realmente acrescente. Por fim, tem também o lado chato de estar acompanhando um monte de gente que não tem absolutamente nada para dizer, mas insiste em falar coisa alguma. É uma guerra de ego sem fim, um querendo aparecer mais que o outro. Isso é extremamente irritante. Parece-me impossível que alguém que esteja twittando o dia todo ainda tenha tempo para ler um bom livro, ver um bom filme, rezar ou dialogar de forma efetiva com sua família.


Claro, não se pode ignorar a importância dessa rede social para a comunicação (seja mercadológica, ideológica, religiosa ou jornalística), pois é mais uma forma de difundir e compartilhar conteúdos, que se forem bem filtrados podem ser de muito proveito.


O que eu defendo quando apóio o “movimento dos sem twitter†é a liberdade de pensamento, o aprofundamento da leitura, da pesquisa e da comunicação. Talvez um dia, quando tiver algo de realmente relevante para dizer, ou por motivo de trabalho, eu abra uma conta no microblog, mas, por enquanto, não quero estar pensando no que todo mundo está comentando e não quero ser mais um nessa massa de manobra virtual.


Por Cícero Nogueira, estudante de jornalismo e profissional de marketing em Blumenau




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