Distorcidas ou transformadas pelo tempo, algumas das tradições à s quais seguimos hoje já não significam o mesmo que significavam no passado. Comer peixe à s sextas-feiras durante a Páscoa, por exemplo, é uma delas, como mostra o colunista FabrÃcio Wolff em sua página.
Há cinco mil anos, de acordo com ele, o dia santo era celebrado com o sacrifÃcio dos cordeiros mais jovens do rebanho, cuja carne (vermelha) servia aos banquetes de celebração da Páscoa dos Hebreus*. Por que, então, acredita-se hoje que é preciso comer peixe e abdicar de mamÃferos para estar em dia com os desÃgnios da fé?
Na opinião do colunista do AEF, a aceitação passiva de algumas tradições, por parte dos indivÃduos, contraria a própria razão do pensamento cartesiano, sobre a qual fundamenta-se a sociedade contemporânea. E mais: conforme o raciocÃnio de Wolff, seria o próprio capitalismo, estruturado justamente sobre a lógica de Decartes, que mais estaria ganhando com esta passividade do indivÃduo.
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* Trecho alterado após a publicação, para fins de correção de conteúdo