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FESTIVAL TRARà 500 RÓTULOS DIFERENTES DE CERVEJA
Quarta-Feira, 06 de Março de 2013

Se você é do tipo que aceita só o vinho como opção para harmonizar pratos, ou que vê na cerveja só uma alternativa para matar a sede, melhor ir revendo seus conceitos. Além desta revisão, uma visita ao Festival Brasileiro da Cerveja – que começa no próximo dia 20, em Blumenau – também o ajudará bastante a descobrir novas maneiras de combinar comida com bebida.


Nesta terça-feira (5), no Empório Vila Germânica, jornalistas e convidados conheceram algumas das combinações a serem oferecidas ao público entre os dias 20 e 23 de março, nos pavilhões da Vila Germânica. Em um evento onde o objetivo principal é a realização de negócios (O festival é uma feira, não uma festa, destaca o organizador, Valmir Zanetti), não faltará espaço para quem, eventualmente, só deseja descobrir um novo tipo de cerveja para beber em casa ou um novo sanduíche para encher os olhos e a boca. Ou, para quem quer ir além, como fazer a própria cerveja.


Na pré-estreia desta semana, foram servidos alguns dos itens que estarão na pauta do Festival Brasileiro da Cerveja este ano – no total são cerca de 500 rótulos diferentes de cerveja, divididos por 70 expositores, com 36 tipos de opção gastronômica. Na composição dos sandubas, por exemplo, uma combinação interessantíssima de agridoce com verduras, frios e demais ingredientes que só o chef poderia identificar com exatidão. No hackepetter tipicamente alemão, a carne moída, crua, ganha gosto para lá de especial, com muitos temperos, ervas finas e alcaparra. Esta última, aliás, caindo como a cereja do bolo na iguaria preparada por profissionais do departamento de Gastronomia da Universidade Regional de Blumenau (Furb). Tudo isso combinado com cervejas de padrão diferenciado e sabor particular, que certamente farão tão bem às suas papilas gustativas quanto os pratos que serão servidos para acompanhá-las.


Negócios


O administrador do Empório Vila Germânica e organizador do festival destaca a conotação predominantemente comercial do evento, atribuindo a ela o sucesso da iniciativa.


– Não podemos pensar em concorrer com a Oktoberfest, por exemplo, pois não teríamos chance alguma. Nosso objetivo principal é permitir que pessoas de diferentes lugares possam se encontrar e fazer negócios dentro da cadeia produtiva do segmento – resume Valmir Zanetti.


Delimitando bem qual é o seu foco, portanto, o festival blumenauense da cerveja vem se consolidando como uma referência do setor. Na quinta edição, os resultados são altamente positivos e dão a Zanetti a possibilidade de pensar no evento a longo prazo. Ele também identifica na promoção deste tipo de iniciativa uma oportunidade de novas apostas para o segmento turístico no município. Blumenau tem, sim, na opinião dele, a possibilidade de captar mais eventos e feiras – apesar de estar prestes a perder uma de suas maiores estrelas do segmento, a Texfair.


Neste contexto, o organizador do Festival Brasileiro da Cerveja identifica uma demanda bastante pontual, cujo atendimento, no entanto, precisa partir do poder público, segundo ele.


– A Vila Germânica precisa de um Centro de Eventos capacitado e espaçoso. Hoje consigo acomodar no máximo 80 pessoas, em meu próprio auditório (nas dependências do Empório Vila Germânica, que fica dentro da Vila Germânica), quando promovo as palestras do festival. Isso, claro, pode comprometer o crescimento do evento – analisa.


Novidade providencial


Mas, para a alegria de Zanetti e de todos os blumenauenses que sonham em ver a cidade como um polo de eventos, o secretário de Turismo de Blumenau e presidente do Parque Vila Germânica tem uma boa notícia:


– Teremos novidades sobre o tema em abril. O assunto é prioridade absoluta – informa Ricardo Stodieck.


Estas novidades dizem respeito ao projeto de construção de um centro de eventos nas proximidades da Vila Germânica, justamente para dar suporte ao aparelho oferecido pelo parque, que tem ótima estrutura, climatizada, para feiras e exposições, mas não oferece conforto algum na hora de acomodar pessoas em palestras, apresentações, reuniões ou qualquer outra atividade coletiva com maior volume de gente.


Por isso, diferentes estruturas do poder público (entre as quais as secretarias de Turismo, Desenvolvimento Econômico, Gestão, Esportes e Fazenda, além da Procuradoria Geral do Município), em diálogo com o trade turístico, trabalham desde dezembro do ano passado, durante a transição de poder, na confecção de um projeto que dê a Blumenau um centro de eventos com a qualidade que o setor exige.


Cabe torcer agora para que as novidade a serem anunciadas sejam consistentes e dêem início à resolução de um problema que ameaça aniquilar a competitividade do setor turístico em Blumenau. Se não fizerem nada, daqui apouco até a Oktoberfest muda para a vizinhança, como ameaça fazer a Texfair.   




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